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Os Contos da menina-Mulher

Quem conta um conto, acrescenta-lhe um ponto. Estes são os meus pontos sobre saúde, culinária e lifestyle. Aqui toda eu sou vírgulas, reticências e, no extremo, pontos de exclamação ou mesmo um ponto final!

Qua | 29.05.13

Do que recebo no e-mail

Expõe-te. Expõe-te. Expõe-te. É só o que te posso dizer. Posso e tenho de te chamar a atenção para que te exponhas, para que mostres ao que vens, para que ponhas o coração em cima da mesa, e que o faças de alma aberta. Quem não entender, não entendeu. Mas não é por isso que vais deixar de ser quem és e de mostrar isso ao mundo. 
O mundo só existe para que tu te exponhas sem teres medo de ser rejeitado. Sem teres medo de ser ridicularizado. Quantas coisas deixas de fazer com medo de te expores? Quantas experiências não viveste com medo de errar? O medo de errar faz com que a pessoa não se exponha. E quanto menos ela se expõe, mais se vai afundando num poço de conformismo e mesmice. 
Vai chegar um dia em que, de tanto se esconder, dos outros e de si própria, acorda e já nem sabe quem é. Não sabe quem foi. E não tem ideia do que virá a ser. A vida é feita de experiências. Sempre que rejeitares alguma com medo de te expores, com medo de errares e seres julgado por isso, a cada vez que te demitires de ti próprio em nome da não exposição e, consequentemente, da tentativa de não ser julgado, estarás a retirar experiências à tua alma, e ao retirares experiências também retiras aprendizado e sabedoria. 
Lembra-te sempre. O que está em causa não é o erro. A questão não é parares de errar. O mundo é dual e imperfeito, tu és dual e imperfeito e, por conseguinte, o mais provável é que continues a errar. Expondo-te ou não. O que está em causa é como reages ao erro, o que aprendes com ele e o quanto evoluis à conta de o teres cometido. É outra lógica, eu sei, mas é assim.

 

E agora é pensar como posso voltar a agir assim, sair da minha concha, recuperar a energia. A ver se "magia" acontece...

Seg | 27.05.13

Dos Astros

Acredito nos Astros, nos Horóscopos, o meu Mapa-Astral é uma fotografia da minha personalidade.

O engraçado é que são mais as vezes em que todo este esoterismo serve para me dar chapadas de luva branca, do que para me fazer "acreditar" no Universo.

E a prova está em ti, rapariguinha La Féria: nascemos no mesmo dia, no mesmo ano, na mesma cidade, partilhamos um nome, tiramos a mesma Licenciatura, até conheci o teu noivo primeiro que tu. E então? Tu vais casar para a semana, feliz, com um homem que berra ao Mundo que te ama, viajam imenso, fazes festas, tens um emprego (arranjado com cunha) seguro e continuas a sorrir e a cantar como naquela manhã no Bar da Faculdade.

Eu? Estou num relacionamento que adoro mas que sei que não é "para sempre" e nem que vai resultar "nesse tipo de vida". Fui pedida em casamento 3 vezes, todas "mentira". Os "amo-te" que me dirigiram, até hoje, foram falsos. Vivo sozinha com 2 gatos. Estou sentada na cama, desempregada, a estudar não sei bem para quê. Não viajo, mal conheço pessoas e são mais os dias em que me sinto uma repetição duma série daquelas em que o pessoal já faz zapping de tão chatinha que é, do que uma melodia de um musical.

Ora foda-se. Acho que também tenho direito a estar revoltada e deprimida. A minha vida não avança, mas os anos sim.

Por mais que sonhe, por mais que peça. Por mais que acredite. Por mais rasgado que seja o meu sorriso, por muito que tente dar ao Universo e aprender com os erros passados.

Há momentos em que gostava de ser mais do que a Mulher Guerreira com tudo para ser Guia, que sobreviveu com um propósito.

Gostava que o meu Mapa-Astral indicasse um caminho de felicidade, nem que tivesse que ser um bocadinho mais fútil, um bocadinho mais rapariguinha La Féria.

[Junho vai ser tudo o que me prometeram, não vai?]

Dom | 26.05.13

Voltaram!

Voltaram os desejos de fazer um make-over a esta casa... (a parte MAIS estranha é que estas ideias passavam-me pela cabeça na Era "psicopata muito bom, ali do Deserto, jamais"...)

Pintar paredes com cores, finalmente pendurar os espelhos de madeira colorida (do IKEA) pelo corredor para aumentar a luz nesta casa, arranjar a mesa e as cadeiras da sala, talvez um edrodon e almofadas novas para o quarto e para a sala? Um quadro para animar as paredes da sala? Mais fotografias pela casa?...

Animar a casa. Será que me animaria a mim?

Tenho tempo, tenho algumas das peças, mas não tenho dinheiro nem pessoas que me ajudem com o resto - e sabe Deus que, por causa de um detalhezinho, que há certas coisas que não consigo fazer sozinha...

É esperar pelo fim-de-semana de S.João para tratar, pelo menos da mesa e das lampadas, porque conto com a companhia do menino-rapaz cá em casa (afinal, para que servem os homens?).

Não sei se são os dias maiores, a luz, o calor, mas estou com vontade de cozinhar para os amigos, conversar até de madrugada... espertinha, depois dou por mim na cama a desmarcar planos sociais.

Resumindo: ajudem-me caros leitores... quem tem ideias giras e baratas para animar uma casa? E quem mora pelo Porto e arredores e pode dar uma ajudinha? Como prémio ficam a conhecer os meus lindos quadrixanos e eu tenho uma coleção de chás de fazer inveja, que não tenho problemas em partilhar :)

Qui | 23.05.13

Dos quereres...

Quero ser vista e reconhecida. Não só olhada, de passagem na rua. Quero ser descuberta.

Quero mudar de vida. Para perto de ti, da vida que aí tem sempre movimento, estar no meio de tudo isso. Viver contigo até que o que as Cartas leram aconteça.

Quero sentir-me completa, deixar de sentir que a minha vida é sempre uma procura por algo melhor, que ainda não chegou. [E custa ainda mais não querer tanto, quase com pontinha verde de inveja, quando vemos alguém que, em 3 anos, quando eu acompanhava ao lado, conseguiu tudo e é, agora, a imagem da felicidade e da inteireza.] Eu também luto, eu também sonho, eu também desejo, eu também quero. Quero encontrar, quero SER.

Quero não me sentir sozinha, quando a Roomie for embora.

Quero que o Verão traga calor, o fim do semestre com notas boas, o príncípio da vida fresca, limpa, cheirosa e renovada, como lençois de Verão, na cama de casal, grande, maior do que eu, que é a minha vida.

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