Quem conta um conto, acrescenta-lhe um ponto. Estes são os meus pontos sobre saúde, culinária e lifestyle.
Aqui toda eu sou vírgulas, reticências e, no extremo, pontos de exclamação ou mesmo um ponto final!
Num comentário anterior, falava à Verniz Negro da importância da música na minha vida.
Sou muito musical... já cantei de várias formas, por vários motivos. Já dancei. Sou ritmica, eclética, dou por mim a abanar a cabecinha ou a bater o pé com um pouco de tudo. Quem me conhece diz que:
tenho gostos de "velha";
gosto de coisas que não lembram ao diabo;
decoro mais depressa músicas de que não gosto;
aceito ouvir de tudo (só assim se pode dizer que não se gosta...);
guardo músicas na memória só "porque sim": porque passei ali, porque ia a caminho de, porque o sinal ficou vermelho...
Do meu KC a música foi e é esta:
Do CL, esta, em Aveiro (e por causa dele perdi um brinco no pontão do Mélia):
Do Enfermeiro-Gémeo (no meio da sua playlist de gajo com multipla-personalidade), esta:
Do Psicopata, muito bom, lá do Deserto, jamais, esta:
O mais engraçado é que do menino-Rapaz não há uma música... há bandas, há uma bebida, um filme, uma marca de chocolates, um vinho... mas ainda não há uma música...
Uma daquelas ex-colegas de Faculdade que nem me aquece nem arrefece publicou uma foto dum passeio de fim-de-semana, com uma citação (inconsciente) de versos de Queen.
Eu não tenho fotos do fim-de-semana...
Do jantar com massa al dente e vinho alentejano e telefonema do menino-Rapaz que me ajudou a não ter que ter conversas repetitivas com a anfitriã. Dos gatos fofinhos, de só chegar a casa às 2h quando me queria pisgar antes da meia noite. Do telefonema até adormecer.
Da tarde na ronha com os meus quadrixanos. Receber, de longe, mimo dele e uma lambidela do cão na Terrinha do menino-Rapaz. Dos óculos novos, que o menino-Rapaz diz que me fazem fofinha, que os amigos adoraram, mas a minha mãe não (lol?). Foi tratar da beleza para o fim-de-semana romântico que aí vem, cozinhar para a amiga de adolescência e ver, feliz, que a doença lhe dá tréguas. Foi provar pasteis de nata com frutos silvestres (e ficar viciada). Foi acabar a noite a beber um copo num bar super in, provar algo novo, beber de graça e cruzar-me com gente muito doida, mas ao menos fiz o caminho para o carro a rir-me, mentalmente, que nem uma perdida.
Domingo, dormir muito (e acordar ao som de Queen porque estava a dar um filme com OST deles), refrescar a casa, cozinhar, ler, comprar remedinho para o menino-Rapaz conviver mais com os quadrixanos - parte-se-lhe o coração não poder brincar com eles. Voltar a casa, preparar o quarto para a primavera, falar mais uma hora ao telefone, ver que ele está (mesmo!) a marcar as férias dele de acordo com as minhas para podermos viver mais dias juntos. Ajudar a planear a viagem da família (dele) a Londres (pode ser que assim a "sogra" deixe de fugir de mim - e lá vou ter eu que alterar as datas para o fim-de-semana pelos "Caminhos de Portugal", por causa dela, mas ela está 1º, eu sei disso e aceito), matar saudades desta minha cidade-paixão e começar a planear a nossa viagem a Amesterdão!
Faltam 3 miseros dias (e meio) para o ter aqui, para o apresentar à minha "Cristina" e à S., no famoso bar das "algemas e dos exs", para passearmos, para marcar círculos no calendário, para celebrar o aniversário do meu avô-anjo, para dormir abraçadinha, para tirar dúvidas sobre Estatística. Para ficar ainda mais feliz porque vou celebrar o aquecer dos dias com quem me aquece o coração.
Porque, como cantava o Freddie: It's a beautiful day, The sun is shinning...
[A quantidade de pensamentos que um pedaço duma música me acorda...]