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Os Contos da menina-Mulher

Quem conta um conto, acrescenta-lhe um ponto. Estes são os meus pontos sobre saúde, culinária e lifestyle. Aqui toda eu sou vírgulas, reticências e, no extremo, pontos de exclamação ou mesmo um ponto final!

Qui | 28.03.13

No escuro

Percebi que levo montanhas e suporto tempestades pelos outros.

Outros que estão lá à sua maneira, mas não me vêem.

Percebi que vou ter que voltar ao "trabalho", que isto não vai lá (só) com espiritualismos.

Não sei como o vou assumir, como o vou dizer ou a quem. Nem o que vão pensar.

Sei que não quero deixar-te a pensar, como as outras, que "tudo estava bem, e afinal não estava".

Nem eu tenho noção. Nem eu sei o próximo passo.

Sei as saudades que sinto. Os planos que faço. As lágrimas que engulo e o medo que tenho. Começo a perceber que o problema está em mim e já não posso culpar os fantasmas e as mossas que me fizeram.

Preciso de ajuda. Estou num escuro que ilumino para enganar os outros.

 

Ontem comprei um anel, sobre nós - de couro, como tu gostas, com um coração dividido em dois, como nós somos. Sei que quando me vires com ele, dificilmente dirás alguma coisa (vais gostar dele, isso sei) e nem vais perceber a mensagem que tem. Mas ontem, enquanto fugi para o meio da multidão, porque não queria ir para casa, vi este anel e senti-o "nosso". Agora, cá está, na minha mão direita (mas não me serve no anelar...).

Hoje ouvi a tua voz de manhã (coisa rara) e confirmei o que me repetiste na Aldeia. E fico-te tão agradecida. Tão contente, tão esperançosa. Mas revoltada porque vida não é justa.

No fundo...