O prometido é devido!
Chegamos aos 3-fifty!
Yeah!
Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]
Chegamos aos 3-fifty!
Yeah!
... E as mulheres de Vénus. E nós provamos isso.
Ando em baixo, desmotivada, só tu me fazes contar dias - ok, tu e a "Cristina" e a S. e a minha família e os quadrixanos, mas vamos voltar à lamechice.
Dias e horas, e olhar para o calendário e planear e querer.
Sabes que tenho andado em baixo e mesmo assim partilhas a vida comigo, os teus medos e nervos, as tuas alegrias e esperanças - no teu lado masculino estás só a pedir ajuda e conselhos; eu acabo por me sentir útil, no meio de todo o resto que me deita abaixo.
E em dias como o de ontem, senti-me a chamar por ti, ao longe. Brinco durante o dia, mostro que me lembro, dou-te todo o meu carinho, para que sintas que é verdadeiro, para que não te voltem a deixar sem respsta, para que desta vez percebas; tu lá vais respondendo e mostrando-te um pouco mais (sem exageros, que nem somos daqueles "casalinhos cola"). À noite, esperaste por mim e ouviste-me (notei mesmo que eu fui a "importante" ali?) e deste-me as boas noites, com a palavra de todos os dias, em alto e bom som, pela casa - parece que agora já podemos, não é?
Hoje já estavas a "piscar" quando abri os olhos ensonada, vamos falando durante o dia e quando fico a pensar nos monstros maus que me assolam... tu mostras-me que estás a caminhar ao encontro de mais um momento nosso, e brincas comigo e fazes-me sorrir.
Fazes-me sorrir, no meio deste aperto no peito, por segunos, e aí uma luz acende-se na minha mente enevoada: nós andamos (quase) sempre em paralelo, mas em ritmos tão diferentes. Já me mostraste isso tantas vezes e eu, que ainda não me habituei? (silly me) Dás saltos maiores que os meus, se formos a analisar, eu é que me assusto e deixo-me levar pelo teu passado e fico presa à ideia que a "história se repete".
Sabes que mais? Não repete, porque desta vez, estou-me a comportar de maneira diferente. Esqueço-me tanto que fui andando em frente - até arriscar, para ir ao teu encontro.
Os Homens são mesmo de Marte e as Mulheres de Vénus. Eu é que ainda sou menina-Mulher.
Sim, sou menina das Letras e das palavras, mas nunca liguei muito a poesia. Culpem aquela professora preconceituosa, que no fim, teve que engolir as palavrinhas (yeah, bitch, I won in your on game!).
Voltando ao tema, não fui, nem sou de me perder a ler poemas, romantismos exagerados, rimas e versos e métricas. Mas como qualquer humano, tenho as minhas excepções à regra: Ary dos Santos, Sophia de Mello Breyner e letras escritas pelo Freddie (sim, no meu "livro" o Senhor também é poeta).
Assim, hoje, é o dia em que o clamor da voz de trovão com o coração quente acorda mais forte em mim. Ouço o Ary em versos perdidos na minha cabeça.
Deixo-vos com "O Poema Original":
Original é o poeta
que se origina a si mesmo
que numa sílaba é seta
noutra pasmo ou cataclismo
o que se atira ao poema
como se fosse ao abismo
e faz um filho às palavras
na cama do romantismo.
Original é o poeta
capaz de escrever em sismo.
Original é o poeta
de origem clara e comum
que sendo de toda a parte
não é de lugar algum.
O que gera a própria arte
na força de ser só um
por todos a quem a sorte
faz devorar em jejum.
Original é o poeta
que de todos for só um.
Original é o poeta
expulso do paraíso
por saber compreender
o que é o choro e o riso;
aquele que desce à rua
bebe copos quebra nozes
e ferra em quem tem juízo
versos brancos e ferozes.
Original é o poeta
que é gato de sete vozes.
Original é o poeta
que chega ao despudor
de escrever todos os dias
como se fizesse amor.
Esse que despe a poesia
como se fosse mulher
e nela emprenha a alegria
de ser um homem qualquer.
Ary dos Santos, in 'Resumo'
Sempre, Ary.
chegarmos às 350 visitas, ponho um videozinho catita, muito representativo do meu sentido de humor, da minha pessoa e dumas férias muito prolíferas, passadas vai para 4 (chiça, 'tou velha!) anos.
Deal?
[Agora roam-se e façam ali o "contómetro" avançar...]