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Os Contos da menina-Mulher

Quem conta um conto, acrescenta-lhe um ponto. Estes são os meus pontos sobre saúde, culinária e lifestyle. Aqui toda eu sou vírgulas, reticências e, no extremo, pontos de exclamação ou mesmo um ponto final!

Qui | 21.03.13

Os homens são de Marte

... E as mulheres de Vénus. E nós provamos isso.

Ando em baixo, desmotivada, só tu me fazes contar dias - ok, tu e a "Cristina" e a S. e a minha família e os quadrixanos, mas vamos voltar à lamechice.

Dias e horas, e olhar para o calendário e planear e querer.

Sabes que tenho andado em baixo e mesmo assim partilhas a vida comigo, os teus medos e nervos, as tuas alegrias e esperanças - no teu lado masculino estás só a pedir ajuda e conselhos; eu acabo por me sentir útil, no meio de todo o resto que me deita abaixo.

E em dias como o de ontem, senti-me a chamar por ti, ao longe. Brinco durante o dia, mostro que me lembro, dou-te todo o meu carinho, para que sintas que é verdadeiro, para que não te voltem a deixar sem respsta, para que desta vez percebas; tu lá vais respondendo e mostrando-te um pouco mais (sem exageros, que nem somos daqueles "casalinhos cola"). À noite, esperaste por mim e ouviste-me (notei mesmo que eu fui a "importante" ali?) e deste-me as boas noites, com a palavra de todos os dias, em alto e bom som, pela casa - parece que agora já podemos, não é?

Hoje já estavas a "piscar" quando abri os olhos ensonada, vamos falando durante o dia e quando fico a pensar nos monstros maus que me assolam... tu mostras-me que estás a caminhar ao encontro de mais um momento nosso, e brincas comigo e fazes-me sorrir.

Fazes-me sorrir, no meio deste aperto no peito, por segunos, e aí uma luz acende-se na minha mente enevoada: nós andamos (quase) sempre em paralelo, mas em ritmos tão diferentes. Já me mostraste isso tantas vezes e eu, que ainda não me habituei? (silly me) Dás saltos maiores que os meus, se formos a analisar, eu é que me assusto e deixo-me levar pelo teu passado e fico presa à ideia que a "história se repete".

Sabes que mais? Não repete, porque desta vez, estou-me a comportar de maneira diferente. Esqueço-me tanto que fui andando em frente - até arriscar, para ir ao teu encontro.

Os Homens são mesmo de Marte e as Mulheres de Vénus. Eu é que ainda sou menina-Mulher.

Qui | 21.03.13

O Poeta Original

Sim, sou menina das Letras e das palavras, mas nunca liguei muito a poesia. Culpem aquela professora preconceituosa, que no fim, teve que engolir as palavrinhas (yeah, bitch, I won in your on game!).

Voltando ao tema, não fui, nem sou de me perder a ler poemas, romantismos exagerados, rimas e versos e métricas. Mas como qualquer humano, tenho as minhas excepções à regra: Ary dos Santos, Sophia de Mello Breyner e letras escritas pelo Freddie (sim, no meu "livro" o Senhor também é poeta).

Assim, hoje, é o dia em que o clamor da voz de trovão com o coração quente acorda mais forte em mim. Ouço o Ary em versos perdidos na minha cabeça.

Deixo-vos com "O Poema Original":

Original é o poeta 
que se origina a si mesmo 
que numa sílaba é seta 
noutra pasmo ou cataclismo 
o que se atira ao poema 
como se fosse ao abismo 
e faz um filho às palavras 
na cama do romantismo. 
Original é o poeta 
capaz de escrever em sismo. 

Original é o poeta 
de origem clara e comum 
que sendo de toda a parte 
não é de lugar algum. 
O que gera a própria arte 
na força de ser só um 
por todos a quem a sorte 
faz devorar em jejum. 
Original é o poeta 
que de todos for só um. 

Original é o poeta 
expulso do paraíso 
por saber compreender 
o que é o choro e o riso; 
aquele que desce à rua 
bebe copos quebra nozes 
e ferra em quem tem juízo 
versos brancos e ferozes. 
Original é o poeta 
que é gato de sete vozes. 

Original é o poeta 
que chega ao despudor 
de escrever todos os dias 
como se fizesse amor. 

Esse que despe a poesia 
como se fosse mulher 
e nela emprenha a alegria 
de ser um homem qualquer. 

Ary dos Santos, in 'Resumo'

Sempre, Ary.

Qui | 21.03.13

Se hoje...

chegarmos às 350 visitas, ponho um videozinho catita, muito representativo do meu sentido de humor, da minha pessoa e dumas férias muito prolíferas, passadas vai para 4 (chiça, 'tou velha!) anos.

Deal?

[Agora roam-se e façam ali o "contómetro" avançar...]