Quem conta um conto, acrescenta-lhe um ponto. Estes são os meus pontos sobre saúde, culinária e lifestyle.
Aqui toda eu sou vírgulas, reticências e, no extremo, pontos de exclamação ou mesmo um ponto final!
que devia ter tirado uma fotografia ao flute de sorbet de limão com vodka que comi (ou será bebi?) à sobremesa, enquanto ele comia uma fatia fofinha de cheesecake de framboesa.
Mas ele diz que "aqui não se tiram fotos com o telemóvel, é sítio que fica mal!"
Eu, cá só queria era provar quem é a "mulher" da relação... :)
Quem trabalha na minha área, sabe muito bem que vivemos do aspecto que as empresas querem dar ao organograma e que, vai-se a ver, somos só um adorno para enfeitar, com tempo certo para perder o status in da coisa - especialmente quando as empresas pararam em 1900 e troca o passo e vêem que voltar ao "Light Side of the Force" pode ficar caro e/ou demorar tempo.
Ou seja, volta e meia, estou no desemprego, a enviar dezenas de CVs por dia, a sentir-me burrinha que nem uma porta e a contar os dias até "encantar" alguém...
Vai daí, hoje encontrei este link: http://www.embaixadores.com/site_ext2.php?id=20&code=s2scz2462p
Visitai e experimentem uma nova forma de se apresentarem às empresas e tentar marcar uma diferença no mar de Cvs e ofertas e pedidos.
Eu sou toda rapariga da cidade, eu não sei viver sem carros, sem transportes, sem pontos que respondam às minhas necessidades, passei 3 dias de fuga à realidade na "aldeia".
Daquelas terrinhas, com sotaque, e pessoas que te tratam por "Menina", "Menino", perguntam pela saúde da avó e se o cão está bom.
Em que cada esquina tem uma história (só me doi quando é tua e de mais alguém), aquele descampado já foi um campo de futebol e aquela fábrica abandonada já deu emprego a muita gente.
E o Cão adorou-me, e dormi muito (sonhei connosco e com os amigos), acordei abraçada a ouvir os galos, dei de comer a galinhas, apanhei limões, abdiquei de refeições para descansar mais, aprendi a dedilhar o baixo do Deacon, ouvi histórias até de madrugada, fizemos planos, falamos da conjuntura social que pode ter levado às falências e a dessetificação. Falamos de religião e da noção da Morte, das saudades. Vi as fotografias dee bebé, a navalha trabalhada oferecida pelo avó, passei pela casa com uma camisola do meu tamanho. Fechei a porta e o portão como se fossem meus, olhei pela janela e contei as nuvens por cima da montanha... ouvi-te repetir vezes sem conta que "para a próxima vai ser ainda melhor" e pensei: por mim, podemos voltar todos os meses e fugir ao mundo que nos cansa tanto.