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Os Contos da menina-Mulher

Quem conta um conto, acrescenta-lhe um ponto. Estes são os meus pontos sobre saúde, culinária e lifestyle. Aqui toda eu sou vírgulas, reticências e, no extremo, pontos de exclamação ou mesmo um ponto final!

Qui | 28.03.13

No escuro

Percebi que levo montanhas e suporto tempestades pelos outros.

Outros que estão lá à sua maneira, mas não me vêem.

Percebi que vou ter que voltar ao "trabalho", que isto não vai lá (só) com espiritualismos.

Não sei como o vou assumir, como o vou dizer ou a quem. Nem o que vão pensar.

Sei que não quero deixar-te a pensar, como as outras, que "tudo estava bem, e afinal não estava".

Nem eu tenho noção. Nem eu sei o próximo passo.

Sei as saudades que sinto. Os planos que faço. As lágrimas que engulo e o medo que tenho. Começo a perceber que o problema está em mim e já não posso culpar os fantasmas e as mossas que me fizeram.

Preciso de ajuda. Estou num escuro que ilumino para enganar os outros.

 

Ontem comprei um anel, sobre nós - de couro, como tu gostas, com um coração dividido em dois, como nós somos. Sei que quando me vires com ele, dificilmente dirás alguma coisa (vais gostar dele, isso sei) e nem vais perceber a mensagem que tem. Mas ontem, enquanto fugi para o meio da multidão, porque não queria ir para casa, vi este anel e senti-o "nosso". Agora, cá está, na minha mão direita (mas não me serve no anelar...).

Hoje ouvi a tua voz de manhã (coisa rara) e confirmei o que me repetiste na Aldeia. E fico-te tão agradecida. Tão contente, tão esperançosa. Mas revoltada porque vida não é justa.

No fundo...

Qua | 27.03.13

Fantasmas...

Hoje fui capaz de dar os parabéns, sorrindo ao facto de já não o ver pessoalmente há anos, e rindo - interiormente - pela forma como ele ficou famoso no grupo, ao 2º "homem" que me rebaixou, conscientemente, na vida. Faz 29 ou 30, já nei sei. Se não fosse o Faicibuqui, nem me lembrava. Dele guardo o facto de ser Eng., de ser Carneiro e me ter trazido a minha "Cristina". O resto, hoje, são gargalhadas.

E fez-se luz cá dentro, depois de passar a manhã a conversar sobre "fantasmas" com a J.B: para já, por agora, depois de muito "trabalho" pessoal, sei lidar e con(viver) com os meus capítulos passados. Sim, alguns ainda me levantam curiosidade de "que raio andas tua a fazer com a tua vidinha, hã?"... outros, nem isso. E é engraçado como a curiosidade é quanto aos que nunca chegaram a ser "capítulo".

Os que o foram, estão fechados, arrumados, resolvidos. Perderam o tanto significado que tiveram, os muros que ergui à sua custa, as lágrimas que chorei, o quanto me pre(n)di, duvidei de mim e coloquei questões. Têm o significado do que me ensinaram, do que me mostraram, de onde me levaram, de quem sou (mais) agora. Mesmo que tal signifique que, depois de olhar 3 segundos - fixamente - para ter a certeza que não estou a alucinar; pense "És-me tanto como aquele rapaz desconhecido, ali, do outro lado do passeio. Não te desejo mal, desejo-te o bem, que se deseja a quem não se conhece."

Já os que não foram nada de específico, os que foram linhas escritas deixadas a meio... têm sempre o "encanto" do permanecerem ilusão, porque e como não vivi nada com eles, fica sempre a ideia do que poderiam ter sido. O mais marcante de todos, ainda faz os meus joelhos tremerem e o coração acelerar às memórias das loucuras que cometemos juntos. Os que ainda hoje vejo/sinto como os "certos" para mim, deixam-me aquela saudade de ter sido afastada deles: primeiro pela falta de vontade, depois pela vida.

Mas aceito. E continuo a aprender. E a perceber que (tal como na "minha música"): "tudo é o que tem de ser".

E essa sensação, essa disponibilidade, esse leap of faith levou-me ao menino-Rapaz e mais aprendizagem sobre mim! E sobre a vida, os meus limites agora, a raíz dos meus sentimentos.

 

[Aaah e tal este texto é muito bonito, eu não escondo nada da minha vida passada à pessoa com quem estou, maaaaaas sou ciumenta q.b, note-se!]

 

"Só" por isso, obrigada "Fantasmas". Sintam-se à vontade para me visitarem, sem desarrumar a casa.

Ter | 26.03.13

Posso assumir aqui?

Prometem que não contam nada?

Ora pois bem, se aos 21 me imaginava a casar com o "meu" KC, casamento à antiga, com as famílias, as irmãs, a mãe dele a "rosnar" fininho mas a querer tudo muito direitinho; os meus pais contentes porque ele era um bom rapaz e gostavamos um do outro pelo que éramos, e como éramos. Aos 23 sonhei aceitar esperar para casar em "grande", com a família "emigra" do CL; aos 26 disse que 1º escreveria os 10 mandamentos da relação, depois esses mesmos seriam reconhecidos por notário aquando do casamento pelo civíl com o "psicopata muito bom do Deserto, jamais!"...

Aos 27, percebi e digo sem medos, que sei que os grandes casamentos não são para mim (nem devo ficar bem neles). Eu, que nem metro e meio tenho, num vestidão que vai parecer ou cortado a meio, ou digno da menina das alianças? No thanks! Muitas pessoas, para metade dos sorrisos serem amarelos e de circunstância? Nah. As 30 e poucas pessoas que tinha listado para o possível casamento com o CL (sim, chegamos a esse ponto...), estão agora reduzidas a 20 (ou menos). E sei que o menino-Rapaz não morre de amores pela "instituição" casamento - não fosse ele filho de pais divorciados, cujo rico paizinho (que até tenho "medo" de conhecer) vai na 3ª mulher...

Mas sonho com a ideia de um casamento a 2, e só a dois, estabelecido, decidido pelos 2, com o "pedido" de "queres casar comigo, só pelo Civíl, que a Igreja não me assiste e ver até onde vamos, que sobre o processo de divórcio, sempre podemos pedir dicas a quem já o conhece" feito um ao outro. No notário, conservatório, whatever. Um local que ateste o nosso vínculo legal e proteja a construção de uma vida em comum. Seja com as velhinhas na fila e as crianças aos berros. Ele com um dos seus fatos casual e uma gravata linda, com um nó dos especiais que a App do Iphone sabe escolher... Eu com um vestido bonito, que me assente bem, uns sapatos fofinhos que sirvam no meu pé de princesa pequenino e não me magoem, a liga azul que "ganhei" no casamento da minha irmã, os brincos de "Conta de Viana" que a minha mãe já me ofereceu e um Lenço dos Namorados, bordado por mim, para ele - isto significa que vou ter que ser vidente e prever o casamento tipo, com um ano de antecedência, porque eu e trabalhos manuais... não liga! O meu presente para ele - para além da alteração do meu Estado Civíl, claro.

Depois, saímos os 2, para uma vida igual à que já teremos, apenas juridicamente mais "segura", e faremos a surpresa aos nossos pais, irmãs, sobrinho e melhores amigos de marcar um almoço, sabe lá Deus onde, "sem motivo nenhum".

Anel personalizado para mim, relógio personalizado para ele. Muitas fotografias, boa comida, muita música, nada de "first dance" formal, a tarde a perder-se de vista, Sol, felicidade e muitos sorrisos. No final do dia, ver a família orgulhosa, sentirmo-nos bem, só com a "responsabilidade" de voltar para casa e relaxar no sofá, abraçados, a fazer zapping, até ele me dizer que "chega", porque quer ver o Kitchen24.

 

Este é o meu casamento de sonho.

Ter | 26.03.13

Não gosto

Não gosto quando dou por mim a falar sozinha e me "saiem frases do futuro mais próximo". "Pré-visões".

Não gosto. Costumam ser negativas. E ontem, a caminho da Faculdade, da única aula que gosto na semana toda, dei por mim a "conversar" contigo, a dizer algo que sei que é a probabilidade, mas que só a quero confirmar daqui a algum (muito) tempo.

Não gosto do sentimento de "pré-visão" que sinto neste gabinete desde há 1 mês e que ontem se começou a aproximar da realidade.

Ando mesmo como o tempo lá fora, cinzenta, gelada e com uma nuvem negra por cima da cabeça.

 

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